Da redação (com a agência Prensa Latina)
Figuras políticas internacionais, diplomatas e ativistas participarão na noite desta quinta-feira (13) de uma webconferência organizada nos Estados Unidos em homenagem ao líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro, no 94º aniversário de seu nascimento.
Durante o evento, intitulado Fidel entre nós, haverá um debate e apresentações culturais em homenagem ao líder revolucionário. O webinário começa às 20h (Washington e Havana; 22h em Brasília) e terá videoconferências com a ex-presidente Dilma Rousseff, o embaixador venezuelano Adán Chávez; e Don Rojas, secretário de imprensa do ex-primeiro-ministro assassinado de Granada, Maurice Bishop, entre outros.
Os embaixadores cubanos nos Estados Unidos e Canadá, José Ramón Cabañas e Josefina Vidal, respectivamente, participarão como painelistas do evento; a representante da ilha junto à ONU, Ana Silvia Rodríguez; e o representante do Vietnã nesse mesmo órgão, Dang Dinh Quy.
A conferência de duas horas será apresentada por Nalda Vigezzi, co-diretora da Rede Nacional de Solidariedade com Cuba nos Estados Unidos, e pelos ativistas Ike Nahem (Estados Unidos) e Tamara Hansen (Canadá). Também haverá uma apresentação do campanha SavingLives, iniciativa lançada em abril passado para solicitar a colaboração destes dois países com Cuba e ter acesso à sua experiência médica no enfrentamento à Covid-19. Link para inscrições aqui (em inglês).
Triunfo da Revolução
Nascido em Birán, atual província de Holguín, em 13 de agosto de 1926, Fidel liderou um dos movimentos insurgentes mais influentes para a América Latina na década de 1950 e comandou um dos governos de esquerda de maior impacto.
Formou-se em direito em 1950 e, durante seu trabalho como advogado, representou os pobres antes de liderar o movimento insurrecional.
Em 1953, centenário do nascimento de José Martí, comandou o grupo de jovens que tentou tomar os quartéis de Moncada, em Santiago de Cuba, e a Carlos Manuel de Céspedes, na atual província de Granma, ambos no leste do país.
A ação marcou o início da etapa seguinte da Revolução, que incluiu o exílio dos principais líderes, o combate clandestino, o desembarque do iate Granma em 1956, a luta armada e a tomada do poder em 1959.
Em seu discursos no tribunal da justiça do governo de Fulgêncio Batista, Fidel declarou: “quanto a mim, sei que a prisão será dura como nunca foi para ninguém, grávida de ameaças, crueldade mesquinha e covarde. Mas não tenho medo disso, assim como não tenho medo da fúria do miserável tirano que tirou a vida de setenta irmãos meus. Me condene, não importa. A história vai me absolver”.
Fidel na ONU
A missão de Cuba junto às Nações Unidas relembrou a passagem de Fidel pela entidade e seus discursos. Em sua conta oficial no Twitter, a representante de Cuba na ONU, Ana Silvia Rodríguez, compartilhou fragmentos dos discursos de Fidel, como o proferido na Assembleia Geral em outubro de 1979.
Foi a segunda vez que o dirigente chegou à sede das Nações Unidas, em Nova York, após sua primeira visita em setembro de 1960. Na ocasião ele reiterou as denúncias sobre os saques sistemáticos realizados pelas grandes potências nos países pobres efoi aplaudido. “As bombas podem matar os famintos, os doentes, os ignorantes, mas não podem matar a fome, a doença, a ignorância. Eles não podem matar a justa rebelião dos povos”, frisou.