Carmen Diniz – Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba
Ao se tratar do assunto terrorismo, é impossÃvel omitir os ataques massivos que o império estadunidense realiza ao redor do mundo causando morte e destruição aos povos em busca somente de recursos naturais.  O cenário devastador é só o que se vê após sua “intervenção” nas nações vÃtimas da ganância do capital que rege e administra aquela nação. Os valores investidos na indústria bélica estadunidense alcançam somas inimagináveis. Neste sentido, impossÃvel afastar a relação dos EUA com a morte. É inegável que estas ações provocam outras de diferentes povos que sofrem os massacres e procuram vingança.
O terrorismo, por essa e outras razões, continua sendo um sério desafio para a comunidade internacional e não pode ser erradicado se prevalecer a duplicidade de critérios, a manipulação, o oportunismo polÃtico e a seletividade para enfrentá-lo.
Um claro exemplo dessa afirmação decorre do triste atentado que metralhou a embaixada cubana em Washington e com intenção de matar. Isso é resultado direto da polÃtica agressiva do governo dos Estados Unidos contra Cuba e de tolerância e instigação da violência por parte de polÃticos e grupos extremistas anti-cubanos. A propósito se soube, logo após o ataque à Embaixada, que o suspeito tinha (tem) fortes ligações com autoridades estadunidenses.
Isto divulgado, para afastar quaisquer suspeitas, o governo dos Estados Unidos deveria ter reconhecido e denunciado publicamente a natureza terrorista deste atentado, com mais de 30 tiros contra a embaixada cubana em Washington e compartilhar com Cuba todas as informações a respeito. Ao não fazê-lo, a omissão equivale a um silêncio cúmplice, suspeito e tolerante com o terrorismo. Qualquer paÃs que sofra um ataque em uma embaixada no seu território imediatamente convoca os meios de comunicação para lamentar o fato e se declarar contra o ataque. Afinal, está sob sua jurisdição e assim o determina a diplomacia. Nem que seja uma declaração protocolar, somente, mas para preservar as relações internacionais, ao menos. É assim que atuam as nações. Sempre. Os exemplos se multiplicam.
A atitude dos Estados Unidos neste caso contradiz sua própria retórica antiterrorista, ao incluir Cuba na espúria lista de paÃses que não cooperam plenamente com os esforços antiterroristas dos Estados Unidos, não reconhecem o caráter terrorista do atentado de 30 de abril contra a embaixada cubana em Washington, esconde sua história de terrorismo de estado contra Cuba e a impunidade de grupos violentos em seu território.
Por outro lado, há evidências concretas da colaboração bilateral de Cuba na luta contra o terrorismo e nos esforços conjuntos para fazer cumprir a lei. Não há qualquer fato que relacione o Estado cubano com qualquer tipo de ato terrorista em qualquer paÃs do mundo.
Desnecessário listar os ataques que o império estadunidense realiza ao redor do mundo causando morte e destruição aos povos e em busca dos recursos naturais de seus paÃses. O cenário devastador é só o que se vê após sua “intervenção” naquelas nações vÃtimas da ganância do capital que rege e administra aquela nação.
Cuba sempre expressou sua mais profunda rejeição e condenação de todos os atos, métodos e práticas terroristas em todas as suas formas e manifestações, por quem quer, contra quem e onde quer que sejam discutidos, quaisquer que sejam suas motivações, inclusive aqueles casos em que estiveram direta ou indiretamente envolvidos.
Apesar de toda a insistência do governo estadunidense em imputar a Cuba qualquer tipo de “ato terrorista” Cuba não esquece a longa história de terrorismo contra nossos diplomatas e não somente isso. A escalada terrorista contra o povo cubano é de conhecimento geral. Não foram poucos os atentados perpetrados pelo governo dos EUA contra a Ilha, aà incluÃdas as centenas de tentativas de assassinato de seu dirigente, a inoculação de doenças e pragas no território cubano, a explosão no ar de um avião cubano, a lista é muito extensa, incluÃda a proteção a terroristas confessos em seu território.
É hora de acatar a realidade e não o que a mÃdia conservadora publica para manter cidadãos dentro de uma ‘bolha’ que ela mesma cria. Ou em um império que teima em agredir para se manter no poder em perÃodo de eleições.
Nesse contexto, já aclarada a grande “fake news” que coloca Cuba entre os paÃses que não combatem o terrorismo (!?), fica a questão:
Um bloqueio imposto de um paÃs a outro que causa carências e sofrimento a todo um povo há cerca de SESSENTA ANOS sem nada que o justifique, inédito no mundo, aà sim, se pode falar em terrorismo?
A resposta está na dura realidade enfrentada diariamente pelos cubanos. E que ainda assim conseguem praticar a solidariedade com outros povos do mundo.
Esta solidariedade, a que não se pode bloquear.