Com informações de Liz Caridad Conde Sánchez, do Granma Digital
Das cinco vacinas candidatas desenvolvidas em Cuba, duas delas, Soberana 02 e Abdala, estão na Fase III dos ensaios clínicos, além de um estudo de intervenção controlada que, no caso da Soberana 02, já começou em Havana, e com a Abdala em três províncias do leste.
Sobre o funcionamento da estratégia de vacinação, o Doutor em Ciências Rolando Pérez Rodríguez, diretor de Ciência e Inovação do Grupo Empresarial BioCubaFarma e membro da Academia Cubana de Ciências, deu detalhes na coletiva de imprensa do Ministério da Saúde pública.
Em relação ao andamento do ensaio clínico Fase III do candidato Soberana 02 em Havana, Pérez Rodríguez informou que, até o final da semana passada, de um total de 44.010 voluntários programados, 35.153 (79,9%) receberam a primeira dose.
Enquanto isso, com o ensaio de Abdala, nos territórios de Granma, Santiago de Cuba e Guantánamo, dos 48 mil selecionados para o estudo, 19.524 (40,7%) já foram vacinados.
O estudo de intervenção com Soberana 02 autorizado na capital com pessoal de Saúde, trabalhadores da BioCubaFarma e pessoal de risco, acumula em uma semana cerca de 47 266 sujeitos que receberam a primeira dose, o que representa 63,3% do total de 74.665 voluntários previstos para a primeira etapa.
O executivo da BioCubaFarma comunicou ainda que em abril o pedido de autorização para início dos ensaios clínicos Fase II com a vacina candidata Soberana 01, em Cienfuegos, deverá ser encaminhado ao Centro de Desenvolvimento de Medicamentos e Dispositivos Médicos (Cecmed), e iniciar os estudos com a Soberana 01 e 02 na população pediátrica.
A previsão é que comece na idade escolar, numa primeira fase com adolescentes de 12 a 18 anos, e depois incorpore crianças de 5 a 11 anos, disse Pérez Rodríguez.
O membro da Academia Cubana de Ciências esclareceu que, embora não tenhamos a conclusão dos estudos clínicos e do registro, estamos falando de vacinas candidatas, não de vacinas. “Teremos vacinas quando obtivermos autorização para uso da agência reguladora cubana. Aí a campanha de vacinação em massa será realmente realizada”, disse.
Também -explicou o especialista- nenhuma vacina tem proteção de cem por cento, por isso insiste que não se devem abandonar as regras de distanciamento e proteção, na medida em que se desenvolve todo o processo de ensaios clínicos.
“Mesmo quando temos uma vacina com alto percentual de eficácia, para proteger a população, há a necessidade de uma cobertura maior da população vacinada”, enfatizou.