Com a Agência Cubana de Notícias
Pela 31ª vez, os Estados Unidos ficaram isolados perante a comunidade internacional, que apoiou com 187 votos a resolução sobre a necessidade de acabar com o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto a Cuba.
O documento apresentado pela maior das Antilhas, que expõe o impacto da política unilateral em todos os aspectos da realidade cubana, foi aprovado no dia 2 de novembro pela Assembleia Geral das Nações Unidas, com apenas dois votos contra (Estados Unidos e Israel), e uma abstenção (Ucrânia).
Bruno Rodríguez Parrilla, Ministro das Relações Exteriores de Cuba, ao discursar perante o órgão deliberativo, sustentou que o bloqueio é um ato de guerra econômica em tempos de paz, que visa anular a capacidade do Governo da ilha de atender às necessidades da população, criar uma situação de ingovernabilidade e destruir a ordem constitucional.
Segundo o relatório de Havana, entre 1º de março de 2022 e 28 de fevereiro de 2023, os danos do cerco são estimados conservadoramente em 4 bilhões e 867 milhões de dólares, o que representa 405 milhões mensais.
O chanceler denunciou que desde 2019 os Estados Unidos escalaram o bloqueio para uma dimensão extrema e adotaram medidas para tentar impedir o fornecimento de combustíveis, aumentaram o assédio às transações comerciais e financeiras em terceiros mercados, e propuseram intimidar investidores e entidades comerciais de outros países, com a aplicação do título III da Lei Helms-Burton.
Rodríguez Parrilla condenou a inclusão arbitrária de Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo, com a qual a Casa Branca tenta justificar medidas coercivas contra a ilha.
Segundo o ministro cubano, esta decisão implementada no anterior governo de Washington, e mantida pela atual administração, tem efeitos nefastos tanto para Cuba como para outras nações, vítimas da extraterritorialidade da política dos EUA.
Desde 1992, quando a resolução cubana foi apresentada pela primeira vez, tem recebido o apoio maioritário da comunidade internacional, embora o governo dos Estados Unidos persista em ignorar esta afirmação.