Assembleia Geral da ONU: por 184 x 2 o mundo disse não ao bloqueio

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Mias uma vez a Assembleia Geral das Nações Unidas rejeitaram o bloqueio dos EUA contra Cuba - foto: Minrex/Cuba

Com informações do Granma Digital.

Por 184 votos a favor e dois contra, a Assembleia Geral das Nações Unidas, reunida no dia 23 de junho, aprovou a resolução de Cuba contra o bloqueio. Três abstenções foram registradas na votação (Colômbia, Ucrânia e o Brasil) e apenas os Estados Unidos e Israel votaram contra o levantamento do cerco econômico. O documento é intitulado “Necessidade de pôr fim ao embargo econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América a Cuba”.

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, publicou no Twitter: 184 votos a favor, 2 contra e 3 abstenções. É assim que o mundo reage à demanda cubana. Já são 28 anos de rejeição mundial do #Bloqueio. Os bloqueadores ficam sem argumentos.  Os membros solidários reforçam seu apoio. #RemoveTheBlock.

Em uma segunda mensagem, acrescentou: “Voltamos e voltaremos à Assembleia Geral de @UN_es, enquanto existir o #Bloqueio. Porque respeitamos a comunidade internacional, tanto quanto o império a ignora e desrespeita. #EliminaElBloqueo”.

EUA aliados do vírus

O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla, durante seu discurso perante a Assembleia Geral, denunciou que os Estados Unidos lançaram mão do vírus como aliado em sua guerra pouco convencional com a Revolução, intensificaram o bloqueio e causaram ao país perdas de cerca de US$ 5 bilhões em apenas um ano.

Também estão em vigor as mais de 240 medidas promovidas pelo ex-presidente Donald Trump, que adotou medidas de guerra, perseguiu os serviços de saúde em vários países, impediu o fluxo de remessas a famílias cubanas e desferiu fortes golpes no setor de trabalho autônomo no país, bem como aos projetos de reunificação familiar.

“A campanha do Partido Democrata prometeu reverter as ações de Trump, incluindo aquelas relacionadas a viagens, remessas e vistos. A grande maioria dos norte-americanos apoia a remoção do bloqueio, a liberdade das viagens e a normalização”, disse o ministro das Relações Exteriores.

“Os danos humanos são incalculáveis”, disse Rodríguez Parrilla, destacando que a vida de nenhuma família cubana escapa aos efeitos desta política. Na saúde, impacta a incapacidade de acessar tecnologias, tratamentos e medicamentos de empresas norte-americanas.

Sofrimento e ansiedade

Cuba contou com seu pessoal de saúde e mobilizou potencial científico, mesmo apesar do bloqueio. Assim, destacou, “pudemos criar rapidamente capacidades de atendimento aos infectados com seus contatos, garantir o acesso gratuito aos testes de PCR e instalar laboratórios de detecção do vírus em todo o país”.

Este esforço da nação tem permitido manter uma baixa letalidade da doença da nação e desenvolver cinco vacinas candidatas; No entanto, o bloqueio dos Estados Unidos impede a escalada industrial das vacinas contra a Covid-19.

Também priva a indústria nacional de insumos para a produção de alimentos e causa sofrimento e ansiedade em decorrência da escassez, algo visível nas longas filas que assolam os cubanos em meio à pandemia. Os estados são vítimas do impacto extraterritorial do bloqueio, não é legal nem ético que o governo de um grande poder subjugue uma pequena nação para impor um governo desenhado por eles. “Não é permitido, é inaceitável”, disse o chanceler.

Rodríguez Parrilla afirmou, também, que “é inadmissível manipular a luta contra o terrorismo para fins políticos. Nove dias antes da tomada de posse do atual governo, o governo de Donald Trump incluiu Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo. Nossa posição sobre o terrorismo é de condenação absoluta de qualquer uma de suas práticas e manifestações”.

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