Havana (Agência Cubana de Notícias) – Ao atacar a colaboração médica internacional de Cuba, o governo dos Estados Unidos avalia como aceitável a morte de 100 mil de seus cidadãos devido ao Covid-19, disse o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla.
Em sua conta oficial no Twitter, o ministro questionou o tratamento da pandemia pelo governo dos EUA, que ignorou recomendações de especialistas de prestígio, que salvariam metade dos que morreram da doença infecciosa naquele país, detentor do maior número de mortes no mundo.
“Enquanto o governo dos EUA ataca a cooperação internacional de Cuba, considera aceitável a morte de 100 mil cidadãos. Especialistas americanos de prestígio afirmam que com medidas adequadas e oportunas um terço ou a metade teria sido salvo”, twittou.
Rodríguez Parrilla aludiu, em seu tweet, à crescente campanha de difamação dos Estados Unidos e seus aliados contra a colaboração médica cubana, que apesar disso goza de grande prestígio e reconhecimento no mundo.
À atual batalha internacional contra o coronavírus SARS-CoV-2, causando o COVID-19, Cuba respondeu com o envio de 25 brigadas do contingente internacional de Médicos Especializados em Situações de Desastres e Epidemias Graves Henry Reeve (mais de dois mil colaboradores) que prestam seus serviços em 23 países.
Desde meados de março e em quase dois meses, mais de 14 mil pacientes foram tratados, dos quais 493 vidas foram salvas, relatou Dr. Jorge Juan Delgado Bustillo, diretor da Unidade de Colaboração Médica da Ministério da Saúde Pública.
Delgado Bustillo explicou que cerca de 29 mil profissionais cubanos juntam esforços para combater a pandemia em outras 64 nações onde existem acordos intergovernamentais de cooperação em saúde.
Ele esclareceu que, apesar do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos há quase seis décadas, Cuba enviou seu pessoal médico em todo o planeta para enfrentar a pandemia do Covid-19, que até hoje acumulou mais de cinco milhões de casos confirmados e mais de 351.000 mortes.
http://www.acn.cu/cuba/65318-cuestiona-cuba-manejo-de-la-pandemia-de-covid-19-en-estados-unidos.