La Paz, (Prensa Latina) A Lei Helms-Burton e toda a polÃtica de Estados Unidos para Cuba desde 1960 tem sido errônea, assegurou hoje aqui em declarações À Prensa Latina o pesquisador norte-americano Thomas Field.
O estudioso qualificou de ‘muito bons’ os passos dados em 2014 entre os presidentes Raúl Castro e Barack Obama, de Cuba e Estados Unidos, respectivamente, e lamentou o retrocesso experimentado nas relações bilaterais durante o governo de Donald Trump.
Ao referir-se aos métodos utilizados para promover uma mudança do sistema polÃtico na maior das Antilhas, recordou, a maneira de exemplo, que a Agência de Estados Unidos para o Desenvolvimento (Usaid) contratou a um grupo de cantores de rap com a intenção de criar uma força opositora contra o governo cubano.
Esse plano executou-se durante mais de dois anos e empregava aos músicos para desenvolver uma rede de jovens em procura de ‘uma mudança social’ dentro da ilha.
‘A verdade é que têm muito dinheiro dentro da Helms Burton com a explÃcita meta de mudar o governo de Cuba -considerou o pesquisador-, e isso constitui uma agressão; é o que sabemos pela informação aberta, não sabemos o que ainda não se publicou’.
O acadêmico expressou que gostaria que fossem mais de transparentes, abertas e corretas as relações de seu paÃs com nações como ‘Cuba, Venezuela e obviamente com a BolÃvia também’.
Em uma coletiva oferecida na Casa do Alba Cultura nesta capital, Field baseou-se em documentos secretos para demonstrar que Estados Unidos viu na década de 1960 no presidente boliviano VÃctor Paz Estenssoro a uma personagem ideal para irradiar na região sul-americana sua polÃtica de modernização e desenvolvimento da Aliança para o Progresso, implementada para combater a influência da Revolução Cubana.
Com esse objetivo, o governo de John F. Kennedy mostrava boas intenções para o movimento operário enquanto através da USAID realizava ingerência polÃtica e financiava a implementação de aparelhos repressivos contra os mineiros e outros grupos de esquerda.
Os assistentes à Casa do ALBA Cultural puderam adquirir o livro Mina, balas e gringos, graças ao qual o conferencista ganhou em 2014 o prêmio Thomas McGann do Conselho Rocky Mountain de Estudos Latino-americanos e foi qualificado de ‘tÃtulo acadêmico excepcional’ pela revista Choice da American Library Association.