Em um ano perdas com o bloqueio somam mais de US$ 5 bilhões

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Bruno Rodríguez Parrilla - foto: Granma

Da redação, com informações do Minrex.

Mais de cinco bilhões de dólares é quanto somam as perdas de Cuba, em um ano, com a política de bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos contra o país, segundo informou o ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez Parrilla.

No relatório anual que atualiza a magnitude dos prejuízos dessa política extraterritorial no desenvolvimento cotidiano e prospectivo da Ilha, o chanceler denunciou a crescente hostilidade por parte dos Estados Unidos, cujo governo, independentemente do flagelo da pandemia Covid-19, impôs mais sanções ao país caribenho, em franca violação de todos os tipos de comércio exterior e regulamentos de investimento.

Rodríguez Parrilla revisou os principais efeitos que, entre abril de 2019 e março de 2020, causaram o cerco nos diversos setores da sociedade. Especificou que, desde a chegada ao poder do presidente Donald Trump, foram contabilizadas mais de 90 medidas restritivas em apenas um ano, praticamente uma por semana, o que indica a fúria de causar maior sofrimento e afetar negativamente o povo cubano.

O bloqueio é aplicado extraterritorialmente contra a soberania de terceiros estados, empresas e cidadãos de outros países”, disse o chefe da diplomacia cubana, e exortou a comunidade internacional a rejeitar mais uma vez de forma esmagadora a política de ingerência cruel.

O chanceler cubano afirmou que as perseguições ao abastecimento de combustíveis, as sanções e as calúnias são cada vez mais perversas: “Quem ganhar as eleições nos Estados Unidos terá que enfrentar o fato de que o bloqueio prejudica cubanos, famílias, viola direitos humanos e dificulta viagens, vistos e reunificação familiar”, observou.

Referiu como as medidas afetam também o povo americano e fazem com que seu governo sofra “profundo isolamento e descrédito”, além de causar danos a outros países, por violar a soberania nacional.

Ele qualificou de cínica a intenção de convencer os cubanos de que o bloqueio não tem impacto real, de minimizá-lo como uma disputa bilateral, quando as famílias do arquipélago o sofrem “todos os dias e todas as horas”.

O bloqueio, por sua natureza, e seu extraordinário reforço nestes dois anos, é uma expressão da histórica incapacidade do Governo dos Estados Unidos de reconhecer que Cuba é uma nação independente, que segundo o direito internacional deve gozar e exercer plenamente sua soberania e autodeterminação”, criticou Rodríguez Parrilla.

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