Da Redação
O Grupo Parlamentar de Amizade Brasil-Cuba, composto por congressistas de diversos partidos, apoia a campanha internacional que propõe o Prêmio Nobel da Paz à equipe médica cubana Contingente Internacional de Médicos Especializados em Situações de Desastre e Epidemias Graves Henry Reeve.
“De acordo com os princípios de solidariedade que unem os dois países, expressamos nossa total solidariedade e acordo com a iniciativa”, diz o documento de apoio do Grupo, assinado pela presidente, deputada federal Lídice da Mata, do Partido Socialista da Bahia.
O documento faz um histórico da atuação do contigente médico, lembrando que em mais de 55 anos de cooperação médica, profissionais de saúde cubanos serviram em 600 mil missões em 164 países, envolvendo mais de 400 mil profissionais de saúde.
Também é lembrado que, em 1991, milhares de crianças, jovens e adultos da Bielorrússia, Ucrânia e Rússia desembarcaram em Havana para receber tratamento de saúde, afetados pelo acidente nuclear de Chernobyl. Nos anos seguintes, esse número excederia 20 mil pessoas atendidas. Todos foram tratados de acordo com o princípio de que, em Cuba, a saúde é gratuita para todos.
Em outro trecho, o documento do Grupo Parlamentar destaca que os brasileiros também foram beneficiários dessa solidariedade. Quando o acidente com o elento radioativo Césio-137 ocorreu em Goiás, em 1987, foi na Ilha, “com poucos recursos, mas com um coração acolhedor, que dezenas de outros seres humanos e mulheres, jovens e velhas, foram medicadas e curadas com amor. Grátis, vale a pena mencionar”.
Com o programa brasileiro “Mais Médicos”, em cinco anos de trabalho, cerca de 20 mil médicos cubanos atenderam mais de 113 milhões de pacientes em mais de 3.600 municípios brasileiros. Mais de 700 municípios tiveram um médico pela primeira vez na história. “Socialmente bem-sucedido, o programa teve que ser encerrado por ser incompatível com a demofobia do governo Bolsonaro’.
“Em contraste com a solidariedade humanitária internacional do povo cubano, o governo dos Estados Unidos intensificou o infame bloqueio de 60 anos contra Cuba, rejeitado por décadas pela comunidade internacional”, critica o documento oficial do Grupo Parlamentar de de Amizade Brasil-Cuba.