Londres (Morning Star – https://morningstaronline.co.uk/) Os Estados Unidos lançaram um ataque impressionante à s missões de assistência médica de Cuba, com o governo Trump pressionando os paÃses a rejeitá-los durante a pandemia de coronavÃrus.
Cuba desempenhou um papel de liderança na luta global contra o surto, enviando equipes médicas e ajuda a alguns dos paÃses mais afetados, incluindo a Itália.
Também forneceu suprimentos do interferon alfa-2b, que se mostrou eficaz quando usado no tratamento de mais de 1.500 pacientes com coronavÃrus e é um dos 30 medicamentos escolhidos pela Comissão Nacional de Saúde da China para combater doenças respiratórias.
Mas Washington afirmou que o objetivo de Cuba não era impedir a propagação do Covid-19, mas recuperar o dinheiro perdido quando alguns dos paÃses que pagam pela ajuda de seus médicos “abandonaram esse programa abusivo”.
A embaixada dos EUA em Havana acusou falsamente o governo cubano de “reter a maior parte do salário de médicos e enfermeiros em missões de ajuda internacional, expondo-os a terrÃveis condições de trabalho”.
O programa médico humanitário de Havana foi desenvolvido após a revolução de 1959 e trouxe cuidados de saúde para nações empobrecidas em todo o mundo.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores de Cuba, mais de 600.000 médicos, enfermeiros e técnicos médicos foram enviados para mais de 160 paÃses desde a década de 1960. Atualmente, o programa está ativo em cerca de 60 paÃses.
Enquanto cerca de duas dezenas de missões são fornecidas gratuitamente, outros paÃses pagam Havana. Isso gera cerca de US $ 6,3 bilhões (US $ 4,8 bilhões) por ano, ajudando a mitigar o impacto do bloqueio econômico de seis décadas nos EUA.
O programa foi atacado no ano passado quando o presidente dos EUA, Donald Trump, insistiu que a ilha socialista o estava usando para minar a democracia em paÃses como a Venezuela, onde Washington busca a derrubada do governo democraticamente eleito liderado pelo presidente Nicolas Maduro.
Sob pressão de Washington, vários governos de direita pediram que as missões médicas fossem embora.
Um deles era o Brasil, cujo presidente de extrema direita Jair Bolsonaro expulsou a maioria dos 10.000 médicos do paÃs e os chamou de terroristas disfarçados de uniforme.
Desde então, ele foi forçado a fazer uma reviravolta embaraçosa, pedindo à s equipes médicas cubanas que retornem enquanto o Brasil luta para conter a disseminação do coronavÃrus.
Washington intensificou protestos contra Cuba e China, pois suas missões de ajuda humanitária lideram a resposta global à pandemia de coronavÃrus.
Ao mesmo tempo, os EUA reforçaram as sanções contra paÃses como Irã e Venezuela.
Texto original em inglês https://morningstaronline.co.uk/article/w/us-pressures-countries-reject-cuban-aid-during-coronavirus-pandemic .