Com informações de Leticia Martínez Hernández, do Granma Digital
O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, avaliou que as curvas da possível evolução da epidemia na Ilha “não são favoráveis, elas são de alta incidência e precisamos de novas medidas para quebrar essas projeções”. Os gráficos foram apresentados, terça-feira passada, pelo doutor em Ciências Raúl Guinovart Díaz, reitor da Faculdade de Matemática e Computação da Universidade de Havana, no Palácio da Revolução.
O presidente indicou analisar outras medidas que possam impactar na incidência de casos positivos e óbitos, pois com o que foi feito até agora Cuba ficará em um patamar que continua prevendo mais de 700 casos diários e três a quatro óbitos por dia
Ao analisar o panorama do dia anterior à reunião do Grupo de Trabalho Temporário do Governo, o ministro da Saúde Pública, José Ángel Portal Miranda, informou que foram diagnosticados 792 novos casos, após processamento de 19.812 amostras de PCR. Os confirmados na terça-feira (16), representam um aumento de 8% em relação ao dia 15. Por outro lado, as altas médicas atingiram a cifra de 1.060.
Os territórios com maior dispersão da doença são Havana (em seus 15 municípios), Sancti Spíritus (em sete de oito) e Pinar del Río (em nove de 11). Foram registrados três óbitos, igual ao do dia anterior, em Havana, Granma e Santiago de Cuba, com os quais a letalidade nacional pela Covid-19 é de 0,60%.
Os modelos matemáticos, reiterou o primeiro-ministro, “não mostram um bom presságio. A experiência nos disse que há perigo na confiança. São os exemplos das províncias de Granma e de Sancti Spíritus, que se destacaram pelos resultados, e hoje estão entre os piores. Obviamente, devemos mudar os métodos e medidas, para ver como buscamos maior eficácia”.