Moscou, (Prensa Latina) Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin; e da Bolívia, Evo Morales, assinaram hoje um acordo para coordenar posições na área internacional e assistiram à rubrica de um pacote de cooperação bilateral.
Ambas as partes assinaram arranjos sobre colaboração para a industrialização do lítio, a energia nuclear, em aspectos de segurança, a cooperação energética e entre as academias de relações exteriores, em uma cerimônia no Kremlin.
Putin afirmou que o gigante Gazprom investiu uns 500 milhões de dólares no ramo energético boliviana, enquanto se termina um reator para um centro de investigações nucleares e funciona uma empresa mista para a produção de fertilizantes.
Também, o mandatário russo referiu-se à participação de seu país em projetos de infraestrutura como a construção de um terminal aéreo sobre a base do aeroporto internacional da cidade de Santa Cruz e da via ferroviária do Atlântico ao Pacífico, através do território boliviano.
Putin também se referiu à cooperação de seu país e a Bolívia em temas da veterinária e na agricultura, um campo que considerou tem grandes potencialidades para a cooperação bilateral e sublinhou a presença de meios de transporte russo no país andino.
Também se referiu à abertura de uma cátedra de russo na universidade boliviana de San Andrés e felicitou a seu colega boliviano pelo título recebido de doutor da universidade Russa de Amizade com os Povos (RUDN).
Ao mesmo tempo, ratificou a posição de ambos os estados na contramão da ingerência nos assuntos internos da Venezuela.
De seu lado, Morales destacou a importância das relações com a Rússia, não só para Bolívia, mas para toda a América Latina, pois se trata de um país que lidera a luta por um mundo multipolar, a soberania dos estados e pelo respeito ao direito internacional.
O mandatário visitante indicou que nos últimos seis anos a Bolívia liderou os índices de crescimento econômico na América do Sul.
Ao intervir anteriormente na RUDN, Morales assinalou que ao chegar ao poder há 13 anos o índice de pobreza chegava a 38,2 por cento da população, enquanto agora se reduziu para menos de 15 pontos.
O governante indicou que no mesmo período a renda petroleira passou de três bilhões de dólares a 37 bilhões na atualidade, enquanto as despesas no investimento público aumentaram de 629 milhões da moeda estadounidense para oito bilhões nestes momentos.