Por Maylín Vidal
Depois de uma licença por uma intervenção cirúrgica, Bonadío – conhecido como o juiz antiK por todos os casos abertos contra a ex-mandatária- retornou aos tribunais de Comodoro Py em 23 de maio e já se conheceu que abriu outro processo por associação ilícita no manejo da obra pública.
A atual aspirante para vice-presidenta junto com sua fórmula e pré-candidato presidencial Alberto Fernández, quem denunciou inúmeras vezes ser vítima de uma investida judicial e política sem precedentes, acrescenta com este 13 processamentos e seis prisões preventivas.
Com um julgamento oral aberto na causa Vialidad, também por suposta corrupção na obra pública durante sua gestão presidencial (2007-2015), Cristina pediu auditar inúmeras vezes todo o respeitante realizado sob seu Governo e o negaram.
Neste novo caso, Bonadío ditou processo com a prisão preventiva para um grupo de ex-funcionários, dentre eles o ex-ministro de Planejamento Julio De Vido, preso por outra causa, e a mais de 100 empresários, dentre eles Ángelo Calcaterra, primo do presidente Mauricio Macri.
Segundo o diário Página 12, o magistrado os acusa de suposta cartelização da obra pública e pagamento de subornos às empresas de pedágios.
Esta causa foi aberta a partir das declarações do ex-titular da Câmara Argentina de Obras, Carlos Wagner, e do financista Ernesto Clarens, quem se submeteu à lei do arrependido, que permite reduzir a pena àquelas pessoas que participaram de um delito se terem oferecido informação para ajudar na pesquisa.
Bonadío considera à ex-mandatária responsável por mil e 27 subornos passivos na licitação de obras públicas, co-autora de 701 desses subornos, enquanto a considera partícipe necessária nos restantes, precisou Página 12.
Processamentos imensos e contínuos contra a ex-mandatária, quem há meses vêm participando mais uma e outra vez se tornando o mais recente o caso Vialidad.
Os delitos: associação ilícita, suborno passivo e administração fraudulenta, corrupção, uso indevido do avião presidencial ou até por ter uma carta em sua casa de El Calafete, que José de São Martín lhe escreveu desde a França a seu par chileno Bernardo O’ Higginsen.
Neste último caso a própria ex-mandatária afirmou no seu livro Sinceramente, que este último texto foi um presente do presidente russo, Vladimir Putin.
Quase em simultâneo os meios começaram a difundir a notícia do novo processamento, a ex-presidenta difundiu em 5 de junho um vídeo no que convida a escutar o ‘imprescindível documento (do Papa) Francisco sobre democracia nominal e o rol do Poder Judicial’.
No Twitter as reações também se sentiram com uma etiqueta que virou tendência #ObsesionadoconCFK em referência ao magistrado, enquanto vários cibernautas, mais uma vez, enviaram força à Fernández.
‘Se acreditarem que com o Bonadío ou com os desaforos vou arrepender, não!, não me arrependo de nada do que fiz.
Em todo caso de não ter sido o suficientemente inteligente para persuadir de que o que estávamos fazendo tinha melhorado a vida de milhões de argentinos’, disse em uma ocasião a atual senadora, ao referir-se à perseguição judicial que defronta.