Com informações dos portais Juventud Rebelde, Radio Rebelde e Agência Cubana de Notícias
Desde 1992, sem interrupção, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) tem se pronunciado pelo fim do bloqueio dos Estados Unidos da América contra Cuba. Terça-feira passada (30.10), pela 32ª vez e por 187 contra apenas dois e uma abstenção, o mundo disse não à política unilateral e extraterritorial de Washington. Segundo o relatório da ilha, entre março de 2023 e fevereiro de 2024, o bloqueio causou danos que chegam a mais de 5 bilhões de dólares.
Apenas Estados Unidos e Israel votaram contra o documento apresentado pelo ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, que detalha os graves danos do cerco em todas as esferas da vida em Cuba. A República da Moldávia se absteve de votar a resolução sobre a necessidade de acabar com o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto governo dos EUA.
Ao discursar perante a Assembleia Geral, o chanceler cubano sustentou que estas medidas têm o objetivo de causar danos à população, e são uma punição coletiva, proscrita pelo direito internacional. Ele também condenou o impacto da inclusão de Cuba na lista de patrocinadores do terrorismo e descreveu-a como um instrumento de coerção que reforça o bloqueio.
Segundo a jornalista Marina Menéndez Quintero, do portal Juventud Rebelde, as intervenções de mais de 55 oradores em duas sessões de debate, alguns deles representando importantes e grandes grupos de países, exigiram o fim do bloqueio e muitos enfatizaram os danos humanos, uma realidade que é cada vez mais evidente.
“Ao apertar o botão verde em suas mesas, os senhores esta confirmarão que o bloqueio contra Cuba é uma violação flagrante da Carta das Nações Unidas e do Direito Internacional e deve acabar”, disse Bruno Rodríguez, ao encerrar seu pronunciamento na ONU. De acordo com a jornalista Angélica Paredes López, do portal Radio Rebelde, “após os aplausos, uma cascata de pontos verdes inundou as telas eletrônicas do salão”.