Esgoto sanitário provoca desastre ambiental na Bolívia

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La Paz, 2 jul (Prensa Latina) Os Rios Alpacoma, Achocalla e Choquepayu do departamento boliviano de La Paz estão hoje contaminados pelo deslizamento do esgoto sanitário de Alpacoma, considerado por especialistas como o maior desastre ambiental dos últimos anos no país.

O deslizamento ocorrido em 15 de janeiro no provocou o arrasto de 200 mil toneladas de dejetos sólidos e dez milhões de litros de lixiviados (água contaminada), em ao menos 10 hectares de terreno.

Os doutores María Eugenia García e Mauricio Ormachea, diretora e pesquisador, respectivamente, do Instituto de Investigações Químicas da Universidade Maior de San Andrés (UMSA), revelaram que as mostras coletadas de água dos afluentes confirmaram a presença de sais dissolvidos, menos oxigênio e microorganismos.

Ambos os especialistas detectaram também em suas investigações mau manejo das lareiras do gás metano, enquanto alertavam sobre o uso dos rios para a irrigação de cultivos.

García, no seu julgamento, comentou que o principal problema dessa crise ambiental foi o descuido, fato que não deve passar em cidades grandes.

Depois do colapso, os povoadores de Achocalla bloquearam o rendimento ao lugar de Alpacoma, o qual gerou que as ruas e os contêiners da cidade de La Paz, uma das mais povoadas de Bolívia, acumulassem rejeitos sólidos.

Com a mediação do presidente Evo Morales, os prefeitos de La Paz e Achocalla, Luis Revilla e Damaso Ninaja, respectivamente, assinaram em 28 de janeiro passado um acordo para resolver o problema do recolhimento de lixo nesta cidade, que estabelece o fechamento do aterro sanitário de Alpacoma em 60 dias, tempo no qual a comuna paceña poderá transportar resíduos acumulados para o depósito.

Por outra parte, Revilla pode ser imputado como parte da sentença constitucional emitida pelo ministério Público ao se determinar sua responsabilidade penal, segundo informou o promotor departamental, William Alave.

Em declarações a meios de imprensa, Alave explicou que a imputação formal na contramão de Revilla é pelos supostos delitos de descumprimento de deveres, perigo de estragos e danos contra a saúde pública.

 

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