Espanha utiliza o interferon cubano para combater o coronavírus

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Havana (da Redação, com o site Asere) Depois da China, o “Interferon alfa 2B” (IFNrec), um medicamento de origem cubana, tem sido utilizado junto com outros fármacos relacionados ao tratamento do HIV/AIDS, no Hospital “Virgen del Rocío” de Sevilla para tratar os primeiros casos de coronavírus na Espanha, segundo informou o portal Directorio Cubano.

Segundo explicou o médico do centro sevillano, Miguel Ángel Benítez, o fármaco tem sido catalogado como um “êxito”, já que os pacientes respondem positivamente ao tratamento experimental.

Trata-se da aplicação de lopinavir e ritonavir —também usado para prevenir o HIV— que junto ao interferon beta, tem tido êxito na China e segue sendo utilizado por vários países afetados pela epidemia.

O Interferon alfa 2B, indicam os especialistas, possui um mecanismo de atuação distinto dos outros dois fármacos que se estão usando, mas é igual em eficácia. O medicamento cubano é uma proteína que, de forma natural, as células do ser humano produzem quando são infectadas por um vírus.

O objetivo é alertar as demais células, que desenvolvem assim uma maior resistência a infecção”, disseram os médicos espanhóis.

Controvérsia “Interferón alfa 2B”

No início deste mês começou a circular informação sobre a seleção do antiviral Interferon alfa 2B recombinante pela Comissão Nacional de Saúde chinesa, como um dos 30 medicamentos utilizados para combater o coronavírus (Covid-19).

O IFNrec se aplica contra infecções virais provocadas pelo HIV, a papilomatose respiratória recorrente causada pelo vírus papiloma humano, o condiloma acuminado (HPV), e as hepatites tipos B e C. Também —segundo a agência Prensa Latina—, é eficaz nas terapias contra diferentes tipos de câncer.

Inclusive, certificou-se que o medicamento curou 1.500 chineses contagiados com a pandemia. Porém, pouco depois essa afirmação foi refutada pelo jornalista Shari Avendaño, em uma pesquisa publicada no portal venezuelano Efecto Cocuyo.

A pandemia chega à Espanha

O que começou como alguns casos na cidade de Wuhan com pneumonia desconhecida, em dezembro de 2019, tornou-se um novo tipo de coronavírus chamado Covid-19 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e cuja expansão pelo mundo ameaça tornar-se em pandemia.

Atualmente, a expansão da virose alcança mais de 60 países e os afetados superam as 80 mil pessoas, a maioria delas na China.

Na Espanha — o segundo país com maior representação de cubanos no mundo — por exemplo, o primeiro caso foi confirmado em 1º de fevereiro em La Gomera, a segunda menor ilha das Canárias, e o segundo só dez dias depois em Palma de Mallorca. Ambos já foram dados alta.

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