Com informações de Yaditza del Sol González, do Granma
Durante o balanço anual do Ministério das Comunicações, realizado recentemente em Havana, o primeiro-ministro Manuel Marrero Cruz disse que o avanço na política de transformação digital, que levará à formação da agenda digital cubana, como parte do sistema de trabalho para a implementação do Plano Nacional de Desenvolvimento 2030, constitui hoje um dos desafios fundamentais para o setor de telecomunicações, pois é um processo que, além do tecnológico, também requer uma perspectiva cultural.
Marrero Cruz destacou a necessidade de alcançar um conhecimento nas tecnologias de informação e comunicação, pois só assim a população, além do acesso, poderá fazer bom uso delas, o que repercutirá em seu bem-estar social.
Neste caminho, assegurou, é preciso apostar também em resultados mais concretos que contribuam para a concretização de projetos tão importantes como a infraestrutura dos serviços públicos de telecomunicações, televisão digital, comércio eletrónico, governo digital, indústria de aplicações e serviços informáticos, e a cibersegurança como elemento transversal a todos.
Marrero Cruz indicou a necessidade de promover a diversificação dos atores econômicos do setor, que já tem 98 micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) aprovadas, mas não a partir da concepção de que tudo que é estatal deve agora tornar-se uma MPME. “Não se trata de aprovar sem motivo, mas sim de analisar quais atividades realmente podem ser melhor desenvolvidas sob esse modelo, e o que pode ser melhorado, mudado, mas dentro de uma mesma estatal”, disse.
Para Tania Velázquez, presidente da Empresa Cubana de Telecomunicações S.A (Etecsa), a penetração da Internet nas residências é hoje insuficiente, e para atingir uma taxa maior e maior eficácia no acesso é necessária a comercialização do serviço, mas com novas tecnologias, que permitirão uma e solução sustentável ao longo do tempo.