Redação do Cuba Hoje – Dirigentes, parlamentares, diplomatas e personalidades de diversos países pedem a suspensão do bloqueio imposto pelos Estados Unidos, que impede a chegada de ajuda humanitária e equipamentos de combate ao coronavírus a Cuba e outros países.
Vinte e sete congressistas norte-americanos enviaram uma carta ao secretário de Estado, Mike Pompeo, e ao secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, criticando a politização da entrega de ajuda humanitária à ilha e alertando para a escassez de alimentos e medicamentos.
Em entrevista recente à rede de tevê CBS, o ex-vice-presidente Joe Biden, favorito do Partido Democrata para a presidência dos EUA, declarou que, se vencer as eleições de novembro, retomará as políticas de compromisso com Cuba e reverterá as sanções do governo Trump. “Em grande parte, eu voltaria”, disse Biden, sobre as políticas de Barack Obama para o Caribe e América Latina.
Em carta assinada pela vice-presidente, deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA), o Grupo Parlamentar Brasil Cuba no Congresso Nacional brasileiro afirma que não há lugar no mundo para o bloqueio nefasto e desumano dos Estados Unidos contra Cuba e, portanto, é necessária sua revogação mais urgente.
O Parlamento da América Latina e do Caribe (Parlatino), sediado no Panamá, também pediu a suspensão dos bloqueios comerciais, econômicos e financeiros a Cuba e Venezuela, bem como da dívida externa dos países da região em meio à pandemia de Covid-19.
Alberto Fernández
O presidente argentino Alberto Fernández defendeu, no meio da luta contra o Covid-19, a suspensão do bloqueio imposto pelos Estados Unidos a Cuba e Venezuela, depois de observar que não é uma questão política, mas humanitária.
Líderes políticos, sindicais e de direitos humanos da Argentina assinaram um documento exigindo a cessação imediata do bloqueio contra Cuba e Venezuela, uma vez que “limita a possibilidade desses países enfrentarem a pandemia de coronavírus com mais ferramentas”.
O documento foi criado pela ideia do presidente do Parlamento do Mercosul (Parlasur), Oscar Laborde e do cientista político José Campagnoli. “Exigimos com urgência que os Estados Unidos levantem o bloqueio desumano que mantêm sobre Cuba e Venezuela, sem quaisquer condições”, diz ele.
Rede de Solidariedade
A Rede de Solidariedade com Cuba nos Estados Unidos exigiu o fim do bloqueio econômico contra a ilha, em una declaração publicada na imprensa local. A declaração afirma que a resposta dos Estados Unidos tem sido mais que vergonhosa e irresponsável, e rejeita a advertência do Departamento de Estado a quem solicitar ajuda a Havana
Na mesma direção, o Grupo de Puebla, que reúne líderes políticos, trabalhistas e acadêmicos, exortou a comunidade internacional a solidarizar-se com nações como Cuba e Venezuela, que sofrem com um bloqueio econômico, financeiro e comercial ilegal imposto pelos Estados Unidos, exigir a sua imediata suspensão e exrtou à solidariedade e cooperação para o enfrentamento do coronavírus.
Michele Bachelet
A comissária de Direitos Humanos das Nações Unidas, Michelle Bachelet, presidente do Chile por dois mandatos, pediu o relaxamento ou a suspensão de sanções. “É vital evitar o colapso do sistema médico de qualquer país, dado o impacto explosivo que isso terá”, disse em comunicado sobre o COVID-19.
Em outro comunicado da ONU, o relator especial sobre direito à alimentação, Hilal Elver, explicou que é uma questão de “urgência humanitária e prática levantar imediatamente sanções econômicas unilaterais” e que a imposição contínua dessas sanções prejudica o direito fundamental dos cidadãos comuns à alimentação adequada e adequada.
Oliver Stone
Ganhador de dois Oscar, o cineasta norte americano Oliver Stone acusa seu país de converter o novo coronavírus em uma arma contra o Irâ, Venezuela, Cuba e Nicarágua, países sobre os quais, afirmou, os Estados Unidos impõem medidas coercitivas e unilaterais.