Da Redação (com informações da ACN) Alegando que teme retaliação pelo embargo que os Estados Unidos mantêm contra a Ilha, a companhia aérea americana contratada para levar a Cuba a doação de máscaras e testes para o coronavírus, feita por Jack Ma, o homem mais rico da China, se recusou a voar no último minuto. A informação é da Agência de Notícias Cubana (ACN).
Segundo a ACN, a carga, que deveria sair do país asiático no dia 30 de março passado, consiste em um total de 100 mil máscaras, 100 mil kits de diagnóstico rápido para o coronavírus e dez respiradores artificiais. O conteúdo foi confirmado pelo embaixador cubano na China, Carlos Miguel Pereira Hernández.
Através da sua conta no Twitter, o diplomata cubano explicou que o embarque foi cancelado no último minuto, uma vez que a empresa de transporte dos EUA contratada para realizar a operação “recusou” a ordem, alegando que “os regulamentos do embargo econômico que os Estados Unidos mantêm em Cuba o impediram de fazê-lo”.
No dia 22 de março, Jack Ma, fundador do gigante da indústria eletrônica Alibaba e da Fundação Jack Ma, anunciou no Twitter o envio de dois milhões de máscaras, 400 mil reagentes de diagnóstico e 104 ventiladores para 24 países da América Latina e Caribe, incluindo Cuba, para apoiar as ações de combate a pandemia de Covid-19.
“Um mundo único, uma luta única”, escreveu Jack Ma no Twitter, acrescentando que a empresa aérea transportaria prontamente a carga para as Grandes Antilhas, Argentina, Brasil, Chile, Equador, República Dominicana e Peru, entre outros países do Continente.
Além da América Latina e do Caribe, Jack Ma e a Alibaba Foundation prepararam doações semelhantes para países da Ásia, África, Europa e Estados Unidos.
Em 13 de março Jack Ma anunciou sua intenção de doar 500 mil kits de detecção rápida de Covid-19 e um milhão de máscaras aos Estados Unidos. Antes, já havia feito a outras nações, como Japão, Coréia do Sul, Itália, Irã e Espanha. Ele também apoiou 54 países africanos, a Cruz Vermelha italiana e 23 países asiáticos.
Pereira Hernandez destacou que, apesar do enorme esforço de Jack Ma, a doação não poderá tocar o solo cubano, por mais necessários que esses recursos sejam necessários para apoiar a batalha contra o coronavírus.