Pouco menos de dois meses após a frustrada tentativa insurreccional do 30 de abril e os acontecimentos do Revendedor Altamira, unido à fuga a uma embaixada do prófugo dirigente opositor Leopoldo López, as autoridades venezuelanas develaron uma nova e intrincada trama golpista com profundos nexos internacionais.
O ministro de Comunicação e Informação, Jorge Rodríguez, revelou nesta semana uma trama de conspiração encabeçada por militares retirados com o propósito de terminar com a vida do mandatário da República, Nicolás Maduro, e outros membros do alto comando político e militar da nação sudamericana.
Depois de 14 meses de labores de contrainteligencia, os organismos de segurança desmantelaram a rede criminosa que procurava ademais o assassinato do titular da Assembléia Nacional Constituinte, Diosdado Cabelo; o presidente do Tribunal Supremo de Justiça, Maikel Moreno; e o 95 por cento dos generais das Forças Armadas.
Os implicados -a maioria deles em mãos das autoridades e baixo investigação- pretendiam libertar ao exmilitar Raúl Baduel, processado pela justiça venezuelana por apropriação de dinheiro público e atentar contra a integridade da nação, para sua autoproclamación ante os meios como presidente.
Jorge Rodríguez precisou que um setor opositor planejava deste modo ‘lhe dar um golpe’ ao deputado Juan Guaidó, reconhecido por Estados Unidos e seus aliados como presidente interino do país, em um ato de usurpación denunciado por Caracas por seus visos golpistas de caráter continuado.
‘Prender fogo a todo e mostrar ao mundo o corpo de Maduro e de Cabelo como troféus. Leste era o plano posto em marcha pela oposição golpista venezuelana para derrubar ao governo bolivariano e desencadear uma guerra civil’, reseñó ao respeito a jornalista italiana Geraldina Colotti.
Ao contribuir à opinião pública novas evidência sobre o caso, Rodríguez manifestou que as provas e depoimentos confirmam a hipótese do envolvimento de Juan Guaidó e o mandatário colombiano Iván Duque nos ataques frustrados contra o presidente Nicolás Maduro.
‘Não são hipótese, nem especulações, são evidências e depoimentos obtidos através de um labor de inteligência de meses, que nos permitiu saber o que estes terroristas estavam planificando’, sublinhou o ministro de Comunicação e Informação.
‘Temos mais de 59 horas de vídeos de ao menos sete reuniões dos terroristas, partes das provas que apresenta a Promotoria Militar da República’, afirmou Rodríguez ao detalhar que o plano magnicida incluía o emprego de francotiradores para cometer um massacre contra a população de setores populares de Caracas.
Em frente às tentativas inesperadamente de Estado fraguados desde setores adversos ao Governo bolivariano, o mandatário venezuelano Nicolás Maduro reiterou a disposição ao diálogo com a oposição.
Durante uma recente alocución pública, Maduro assegurou que continuará o processo de negociação pela convivência pacífica e uma saída democrática à crise política no país.
‘O diálogo vai continuar e vamos avançar em acordos verificables, factíveis, pela paz de Venezuela’, exaltou o chefe de Estado ao assegurar que as autoridades executam ações em pos da estabilidade política e social do povo venezuelano.
Com a mediação do Reino de Noruega, o Governo venezuelano participou em uma aproximação com facções opositoras em Oslo, com ‘avanços que serão revelados nos próximos dias’, sublinhou Maduro.
O chefe de Estado assegurou que a Revolução bolivariana manterá os esforços pela estabilidade política e a felicidade social, ao mesmo tempo que abogó por aplicar justiça a quem conspiran contra a tranquilidade da nação.
Em tal sentido, o mandatário pediu o apoio do povo para enfrentar as manobras golpistas de setores extremistas e qualquer vestígio de violência.
Por enquanto, o Ministério Público de Venezuela impulsiona um processo de investigação em torno do frustrado plano inesperadamente de Estado previsto para os dias 23 e 24 de junho.