UE e Cuba expressam rejeição a lei Helms-Burton

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Bruxelas, (Prensa Latina) A alta representante da União Européia (UE) para Assuntos Exteriores e Política de Segurança, Federica Mogherini; e o chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, manifestaram hoje sua rejeição à lei Helms-Burton, imposta pelos Estados Unidos à ilha.

Segundo o Serviço Europeu de Ação Exterior (SEAE), durante um encontro nesta capital ambos servidores públicos coincidiram em que o aplicação extraterritorial da Lei é contrária ao direito internacional.

O SEAE assinalou que Mogherini e Rodríguez também compartilharam pontos de vista sobre os próximos passos para o confronto o Título III da lei ingerêncista, o qual vai contra o princípio da Organização Mundial do Comércio (OMC) de evitar barreiras aos negócios, além do intercâmbio de bens e serviços entre os diferentes Estados do planeta.

A UE apresentou recentemente uma demanda na OMC contra a lei anticubana, qualificada de engendro jurídico, e adiantou sua intenção de aplicar o ‘estatuto de bloqueio’, que proíbe o aplicação em território comunitário das sentenças nos Estados Unidos sobre o Título III e permite aos demandados receber indenizações em tribunais europeus.

A Helms-Burton, que codifica o bloqueio econômico, comercial e financeiro que Washington impôs há quase seis décadas, está dirigida a fortalecer o cerco a nível internacional e estabelecer um plano de transição e de ingerência na nação caribenha.

O Título III da lei, de marcado caráter extraterritorial, permite a qualquer cidadão ou empresa estadounidenses apresentar demandas ante tribunais desse país sobre propriedades nacionalizadas depois do triunfo da Revolução do 1 de janeiro de 1959.

De igual modo, proíbe a entrada nos Estados Unidos dos diretores e familiares que mantenham negócios nas entidades nacionalizadas, sem importar do país de onde procedam.

No encontro, o ministro cubano das Relações Exteriores e a também vice-presidenta da Comissão Européia, dialogaram sobre as relações bilaterais e os últimos acontecimentos na região.

Os vínculos entre a UE e Cuba reforçaram-se a partir de 2016 com o Acordo de Diálogo Político e Cooperação, e tanto Mogherini como Rodríguez expressaram sua satisfação pelo progresso.

Também analisaram os preparativos para a próxima reunião do Conselho Conjunto UE-Cuba, programada para setembro próximo.

Sobre a situação na Venezuela, outro dos temas abordados na reunião, o representante da maior das Antilhas ratificou a importância de que as iniciativas em torno desse conflito favoreçam um diálogo amplo, inclusivo e soberano com o Governo legítimo de Nicolás Maduro.

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